Nossa
História

     Paula Frassinetti, vivendo na aldeia de pescadores Quinto al Mare, na Itália, congregou um grupo de seis moças, com as quais fundou uma comunidade religiosa, denominada Filhas da Santa Fé. Esta Congregação nasceu no dia de Santa Clara, em 12 de agosto de 1834. O grupo dedicava-se à evangelização de jovens e crianças carentes.

     Nessa altura, o Conde de Passi chegou a Gênova. Ele dedicava-se ao estabelecimento da Pia Obra de Santa Doroteia. O objetivo desta obra era o trabalho fora das instituições religiosas, no ambiente em que viviam as crianças e os jovens pobres, que eram os pontos principais do seu apostolado. A proposta foi aceita pelas Filhas da Santa Fé, que passaram a ser denominadas Irmãs de Santa Doroteia. Inicialmente, as irmãs expandiram-se na cidade de Génova e por outras regiões italianas. Pouco depois, as Doroteias abriram uma casa em Roma.

     As revoluções de 1848 atingiram as instituições religiosas italianas. Este foi um período de grandes convulsões sociais e conflitos com a Igreja. A publicação da Lei de Supressão das Comunidades Religiosas provocou o fechamento de algumas casas das irmãs. Em 1866, a instituição iniciou sua expansão para além das fronteiras do país, abrindo uma casa no Brasil, na então Diocese de Olinda e Recife, a pedido do bispo Dom Manuel do Rego Medeiros. No mesmo ano, elas estabeleceram-se também em Lisboa, Portugal. Em ambos os locais, começaram a abrir os seus colégios.

     No início do século XX, as Doroteias fundaram as primeiras casas nos Estados Unidos. Posteriormente, alcançaram Malta, Espanha e Suíça. Na África fundaram obras em Angola e Moçambique. Hoje, além destes países, estão presentes no Peru, Itália e Filipinas, totalizando 13 nações pelo mundo.

História
Paula Frassinetti

     Paula Ângela Maria Frassinetti, nasceu em Génova, no dia 3 de março de 1809, filha de João Batista Frassinetti e Ângela Viale, conhecidos pela vida íntegra e princípios religiosos sólidos. Foi batizada no dia de seu nascimento, na igreja Paroquial de Santo Estêvão. Desde pequena, Paula mostrava o desejo de aprender as orações e de rezar com a mãe e com os irmãos.

     Sua mãe, Ângela, faleceu em 1819, com apenas 34 anos. Mas, como uma boa mãe, ela teve o cuidado de consagrar sua filha, Paula, a Maria no Santuário chamado da Della Madonneta, como também fez com seus outros filhos, segundo o costume das boas famílias genovesas. Após o falecimento da mãe, Paula pediu a Nossa Senhora que fosse sua mãe.

     Por volta de 1830, o Padre Giuseppe Frassinetti, o mais velho dos irmãos, foi enviado como Pároco da Igreja de S. Pedro de Quinto, uma pequena cidade a cinco milhas de Génova. Vendo que a ajuda de sua irmã seria de grande valia e beneficiaria a saúde dela, suplicou ao seu pai para que deixasse Paula ir para Quinto. Mesmo relutante, pensando no bem-estar de sua filha e filho, deixou-a que fosse para perto de seu irmão.

     Seguindo o conselho de vários sacerdotes, e entendendo as dificuldades que viriam, Paula resolveu fazer um ano de prova. Nos dias santos, o grupo de moças deveria se reunir no oratório de São Pantaleão para serem instruídas. Como era esperado algumas logo desistiram. Assim, após o Padre Giuseppe desistir delas, Paula com muita coragem tomou as rédeas e com seis jovens teve início aquele grupo que se chamou “Filhas da Santa Fé”.

     No dia 12 de agosto – festa de Santa Clara – de 1834 as “Filhas da Santa Fé”, na Igreja de Santa Clara, em S. Martinho de Albaro, Paula fez os votos e perpétuos, junto com as Irmãs, e em um clima de alegria e espiritualidade foi fundado o Instituto. O grupo dedicava-se à evangelização de jovens e crianças carentes. Com pouco tempo de fundação do Instituto, o Conde de Passi chegou a Génova. Ele dedicava-se ao estabelecimento da Pia Obra de Santa Doroteia.

     O objetivo desta obra era o trabalho fora das instituições religiosas, no ambiente em que viviam as crianças e os jovens pobres, que eram o alvo principal do seu apostolado. Esta proposta foi aceita pelas Filhas da Santa Fé, que passaram a ser denominadas Irmãs de Santa Doroteia. Inicialmente, as irmãs expandiram-se na cidade de Génova e por outras regiões. Pouco depois, as doroteias abriram uma casa em Roma.

     As revoluções de 1848 atingiram as instituições religiosas italianas. Este foi um período de grandes convulsões sociais e conflitos com a Igreja. A publicação da Lei de Supressão das Comunidades Religiosas provocou o fechamento de algumas casas das irmãs. Em 1866, a instituição inicia sua expansão para além das fronteiras italianas, abrindo então uma casa no Brasil, na Diocese de Olinda e Recife, a pedido do bispo Dom Manuel do Rego Medeiros.

     Em 11 de junho de 1882, depois de 73 anos de vida consagrada a Deus e à educação, Paula Frassinetti morreu em Roma. Em 1906 ela foi exumada, em uma formalidade canônica da Causa, e seu corpo foi encontrado incorruptível e flexível, e a roupa que a revestia estava intacta. Em 8 de junho de 1930, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Em 11 de março de 1984, foi canonizada pelo Papa João Paulo II.